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Buen pueblo portugués (Rui Simões, 1981)

Largometraje documental, corto documental, reportaje, documental sonoro (no importa el formato)... ya sea en televisión, cine, internet, radio (no importa el medio).
Buen pueblo portugués
Bom povo português
Rui Simões (Portugal, 1981) [135 min]

Portada
IMDb
(wikipedia | filmaffinity)


Sinopsis:

    Usando películas e imágenes de televisión tomadas durante el movimiento revolucionario del 25 de abril de 1974 en Portugal, y mezclándolo con la música y entrevistas en directo de la gente común, el director transmite un relato vívido de una época en la que un golpe militar evolucionó en una revolución socialista, que acabó en una democracia de estilo europeo.

Comentario personal:

    Citando su excelente post en cf-cl, traigo un ripeo de Bunker con subtítulos en castellano de zalinho. ¡Muchas gracias a ambos! :D

En wikipedia se escribió:Portugal entre dois momentos históricos cruciais. O PREC: entre o dia 25 de Abril de 1974 e o dia 25 de Novembro de 1975.

A Revolução dos Cravos e o Primeiro Governo Provisório. As manifestações do PS e do PCP. António de Spínola e o «bom povo». O direito à greve. Camponeses e operários, os campos e as fábricas. Vasco Gonçalves, as coligações políticas e o MFA. Mário Soares perante a contaminação fascista da administração pública. Álvaro Cunhal e o Portugal democrático e independente. Os actos de repressão pela GNR, as manifestações pela descolonização. A radicalização da vida política: o 28 de Setembro, o 11 de Março, o caso Torrebela. As ocupações de prédios abandonados, a Reforma Agrária, o Norte e o Centro, Os Três Efes: Fátima, Futebol e Fado. Os retornados. Os avanços da social-democracia. Os casos do jornal República e da Rádio Renascença. Os recuos do PS na revolução democrática. Os ataques a sedes dos partidos de esquerda. A Santa da Ladeira, a prisão de Otelo Saraiva de Carvalho e a entrada em cena de Ramalho Eanes.

Pedro Neves de Carvalho Santos, en "A intervenção da imagem: encanto e desencanto dos documentaristas da Revolução de Abril (1974-1980)", escribió:“De algum modo, Bom Povo Português, é o requiem, o luto da Revolução, um último olhar, já fantasmagórico mas ainda não cínico, sobre o enorme grito e movimento que nos atravessou de Abril a Novembro”.

Rui Simões começou a rodar esta película em 1977. Três anos depois foi finalizado o filme que marcou definitivamente a história dos documentários do período revolucionário: Bom Povo Português. Este documentário, onde «o sonho perdido tornou-se uma referência mitológica», é um filme impulsionado por uma única mola: a indignação. Para Eduardo Prado Coelho, se, de um lado, existem os «momentos míticos do 25 de Abril, filmados em câmara lenta», do outro passa a «estridencia desagradável (a música contribui para isso) da realidade política em que o 25 de Abril desemboca». Segundo o mesmo autor, existe uma dialéctica representativa de acções:«de um lado, o povo, com os seus lamentos, os seus gestos exaltados, os seus cantos», e, do doutro, «os documentos do poder. O filme é, acima de tudo, uma imagem dessa irredutibilidade».

Rui Simões assume o comprometimento da equipa que rodou o documentário com o próprio processo revolucionário: «O filme procura traçar a história entre o 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975, tal como ela foi sentida pela equipa que, ao longo deste processo, foi ao mesmo tempo espectador, actor, participante, mas que, sobretudo, se encontrava totalmente comprometida com o processo revolucionário em curso».

Comprometimento, participação, duas palavras assumidas pelo realizador e restante equipa que concretizaram aquele que é, provavelmente, o documentário mais completo sobre a revolução dos cravos. Assume-se a subjectividade da acção, a parcialidade das imagens e da narração. «Deus, Pátria, Autoridade, era talvez um filme conscientemente preso no ideológico. Bom Povo Português vai entender o 25 de Abril, em dois níveis convergentes, o da poesia e o da antropologia».

Para Jorge Leitão Ramos, o olhar sobre os acontecimentos que atravessaram o período revolucionário entre Abril de 74 e Novembro de 75, situa-se no interior dos acontecimentos, «não como simples testemunha, mas como companheiro». Para Ramos, a acção magoada do filme «ousa olhar de perto as feridas e as perplexidades», não usando um discurso analítico que trouxesse explicações, «no sentido de descobrir factos que lhe permitissem arquitectar teorias: «Não demasiado perto, ainda não suficientemente longe dos anos da Revolução, racional e emotivamente, este é um filme cheio de dúvidas salutares, um bom pretexto para pensar o tempo que fizemos. Encerrar uma porta sem cadáveres no armário ou na consciência. Para partir, de novo.»

O registo de Bom Povo Português, manter-se-á poético até ao fim. Contestatário, quando o momento o impõe, didáctico, quando se propõe explicar as acções. Todavia, este documentário é, acima de tudo, uma reflexão poética sobre a história, oferecendo novas leituras, assumindo a subjectividade da análise, do pensamento, da acção do homem, enfim, do 25 de Abril.

“Rui Simões em Bom Povo Português soube respeitar a objectividade da história e ao mesmo tempo indagar sobre o espaço criativo da subjectividade individual e colectiva. No trabalho sobre as imagens e os sons, os documentos e as reportagens, do período entre o 25 de Abril e o 25 de Novembro, o filme surpreende quando nos mostra a imagem mais repressiva dos acontecimentos que vivemos ou nos descobre novas leituras decompondo as relações entre imagens, ou entre as imagens e sons, ou seu ritmo, sem contudo se deixar descolar do contexto histórico. Bom Povo Português é assim, sem deixar de ser político, essencialmente um filme poético, o que o próprio texto vai sublinhar. Por isso também, o filme como reportagem se aproxima do povo da sua verdadeira imagem, dos seus verdadeiros rostos e dos ritos tornados verdadeiramente seus, e não do povo mitificado que o discurso político com enganadora facilidade incorpora.”

Bom Povo Português é um filme de poesia. Da poesia de um povo errante que não sabe fechar o passado nem construir o futuro. Há pouco encanto, muito mais desencanto, nomeadamente, quando a revolução caminha, a passos rápidos, para o fim. É um documentário sobre um país que tem vivido, há centenas de anos, «em estado de projecto», em constantes contradições, em gestos resignados, em sonhos que não se conseguiram agarrar. Para Prado Coelho, dado o ponto de vista de esquerda em se coloca o seu autor, «o objecto do seu filme era, na realidade, uma derrota – bem sublinha, aliás, pela excelente ideia final de colocar Otelo, o derrotado, a ver na televisão a imagem de Eanes, o vencedor»

«Rui Simões faz, com Bom Povo Português, não só uma viagem ao período revolucionário desses anos, como, sobretudo, um canto longo e triste às esperanças, sonhos e falhanços então vividos. Pode dizer-se que, com ele, terminaram os ‘filmes de Abril».

Bom Povo Português é um documentário cheio de vozes e imagens profundamente desencantadas. Mas, mais do que isso, são as interrogações, as metáforas, os movimentos colectivos, as crenças populares, os momentos em que tudo poderia mudar, a dúvida do futuro que atravessam o filme. Bom Povo Portuguêsé, provavelmente, o mais completo filme sobre o processo revolucionário e a Revolução Portuguesa, onde as incertezas são muito mais do que as certezas e onde tanto o texto como a voz do narrador, José Mário Branco, aparecem sob a forma poética de uma reflexão comprometida e desalentada com o rumo dos acontecimentos e, sobretudo, com um destino incerto de um povo que está sempre por cumprir. Apetece voltar a dizer: «É preciso que tudo mude para que tudo fique na mesma».

«Depois de viver o que vivemos em Portugal e também por olhar com uma certa distanciação pelo facto de ter estado ausente quase dez anos, fez com que lutasse para fazer um filme onde mostro a possibilidade de haver encanto mas com a certeza precoce do desencanto. Quando começo a montar o Bom Povo Português já era difícil acreditar em revoluções deste tipo».

Bom Povo Português estreou em Lisboa e Porto e teve uma carreira comercial conturbada. Logo ao fim das três primeiras semanas de projecção em Lisboa, numa das salas Quarteto com sessões lotadas, é boicotado pela exibidor que se recusa a continuar a exibir o filme apesar das receitas. «É um filme vítima da censura moderna, da censura das democracias. No entanto, faz uma carreira internacional nos principais festivais assim como ganha prémios e recebe o aplauso da crítica nacional e internacional».

O filme foi distribuído comercialmente no Brasil, onde também passa na televisão, estreia comercialmente nos EUA no circuito das universidades, acompanhado pelo próprio Rui Simões que organiza «workshops» e debates com o público.

[Documento del Cine Clube de Compostela]


Ficha técnica

    Guion: Rui Simões, Teresa Sá.
    Música: José Pedro Caiado, Tó-Zé da Fonseca Mendes, Eduardo Paes Mamede, Luís Martins Saraiva.
    Fotografía: Manuel Barros, Mário Cabrita Gil, José Luís Carvalhosa, Gerard Collet, Acácio de Almeida, Russell Parker, Jose Reynes.

Idioma original: Portugués.





Secuencias (capturas del DVDRip de 2.63 Gb)






DVDRip VO - MKV [2.63 Gb] (tomado de Bunker @ cineforum-clasico)
detalles técnicos u otros: mostrar contenido
El documental está montado a partir de filmaciones en 16mm inchadas a 35mm, por lo que presenta mucho grano. He tenido que filtrarlo un poco para conseguir un tamaño aceptable en relación a la fuente. Dejo unas comparativas:

detalles técnicos u otros: mostrar contenido
General
UniqueID/String : 246537237974652343885496362992090321364 (0xB979584B828C7B56826FC6D9E04591D4)
Nombre completo : bom.povo.português.1981.dvdrip.x264.ac3-[bunker].mkv
Formato : Matroska
Formato de la versión : Version 2
Tamaño del archivo : 2,63GIB
Duración : 2h 6min.
Tasa de bits total : 2 973Kbps
Fecha de codificación : UTC 2013-07-13 05:08:18
Aplicación de codifición : mkvmerge v5.8.0 ('No Sleep / Pillow') built on Sep 2 2012 15:37:04
Librería de codificación : libebml v1.2.3 + libmatroska v1.3.0

Video
ID : 1
Formato : AVC
Formato/Info : Advanced Video Codec
Formato del perfil : High@L4.1
Ajustes del formato, CABAC : Si
Ajustes del formato, RefFrames : 5marcos
ID Códec : V_MPEG4/ISO/AVC
Duración : 2h 6min.
Tasa de bits : 2 818Kbps
Ancho : 712pixeles
Alto : 572pixeles
Relación de aspecto : 4:3
DisplayAspectRatio_Original/String : 4:3
Modo de velocidad de cuadro : Constante
Velocidad de cuadro : 25,000fps
ColorSpace : YUV
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Tipo de exploración : Progresivo
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Librería de codificación : x264 core 128 r2216 198a7ea
Opciones de codificación : cabac=1 / ref=5 / deblock=1:-1:-1 / analyse=0x3:0x113 / me=umh / subme=8 / psy=1 / psy_rd=1.00:0.15 / mixed_ref=1 / me_range=16 / chroma_me=0 / trellis=1 / 8x8dct=1 / cqm=0 / deadzone=21,11 / fast_pskip=1 / chroma_qp_offset=-3 / threads=3 / lookahead_threads=1 / sliced_threads=0 / nr=0 / decimate=1 / interlaced=0 / bluray_compat=0 / constrained_intra=0 / bframes=3 / b_pyramid=2 / b_adapt=2 / b_bias=0 / direct=3 / weightb=1 / open_gop=0 / weightp=2 / keyint=250 / keyint_min=25 / scenecut=40 / intra_refresh=0 / rc_lookahead=50 / rc=crf / mbtree=1 / crf=21.0 / qcomp=0.60 / qpmin=0 / qpmax=69 / qpstep=4 / ip_ratio=1.40 / aq=1:1.00
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Audio
ID : 2
Formato : AC-3
Formato/Info : Audio Coding 3
Format_Settings_ModeExtension : CM (complete main)
Ajustes del formato, Endianness : Big
ID Códec : A_AC3
Duración : 2h 6min.
Tipo de tasa de bits : Constante
Tasa de bits : 96,0Kbps
Canal(es) : 2canales
Posiciones del canal : Front: L R
Velocidad de muestreo : 48,0KHz
BitDepth/String : 16bits
Tamaño de pista : 86,9MB (3%)
Idioma : Portugués
Default : Si
Forced : No



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Uf, dos gigas y medio, me lo llevo.

Gracias a Bunker y a zalinho, y a Haller por el chivatazo.


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